Irã lança mísseis balísticos contra Israel; explosões são ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém
13/06/2025
(Foto: Reprodução) Pelo menos 40 pessoas ficaram feridas, segundo a imprensa israelense. Aiatolá iraniano, Ali Khamenei, afirmou que Israel provocou uma guerra e cometeu um 'grande erro'. 'Israel provocou uma guerra', afirma líder supremo do Irã
O Irã lançou mísseis balísticos contra Israel nesta sexta-feira (13), provocando explosões em cidades como Tel Aviv e Jerusalém. Segundo a mídia israelense, 40 pessoas ficaram feridas, sendo duas em estado crítico.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
AO VIVO: Acompanhe as últimas atualizações do agravamento da situação Israel x Irã
Os ataques ocorreram logo após o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmar que o país iria retaliar Israel pelos ataques contra instalações militares e nucleares iranianas na noite de quinta (12), no horário de Brasília.
Pouco depois do início da ofensiva iraniana, Khamenei acusou Israel de ter iniciado uma guerra e declarou que o governo israelense cometeu "um grande erro".
"A nação iraniana não permitirá que o sangue de seus valiosos mártires fique sem vingança, nem ignorará a violação de seu espaço aéreo."
A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que lançou ataques contra vários alvos em território israelense. À agência Reuters, um oficial iraniano declarou que a retaliação "apenas começou" e prometeu que Israel "vai pagar caro" pelas mortes de militares, cientistas e civis iranianos.
VÍDEOS mostram ataque de mísseis do Irã contra Israel
Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel o Irã lançou menos de 100 mísseis em duas ondas. A maioria foi interceptada ou não atingiu o alvo. O governo israelense afirmou ainda que o Irã lançou ataques contra áreas residenciais.
"Um número limitado de prédios foi atingido, alguns deles por estilhaços das interceptações", afirmou um porta-voz militar.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que o Irã ultrapassou "linhas vermelhas" ao atacar zonas com civis. "Continuaremos defendendo os cidadãos de Israel e garantindo que o regime dos aiatolás pague um preço muito alto por suas ações hediondas", afirmou.
Segundo a agência France Presse, bombeiros israelenses estão trabalhando para resgatar pessoas presas em um prédio na região de Tel Aviv. O jornal israelense "Times of Israel" disse que uma mulher morreu e outras 60 pessoas ficaram feridas em todo o país.
Enquanto isso, uma fonte da Casa Branca ouvida pela agência Reuters afirmou que os Estados Unidos ajudaram Israel a interceptar o ataque iraniano.
A TV estatal do Irã noticiou que um caça israelense foi abatido, e que o piloto foi preso pelos militares iranianos. No entanto, um porta-voz das Forças de Defesa de Israel disse que a informação é falsa.
Uma nova rodada de ataques foi registrada, e sirenes voltaram a tocar em Israel por volta das 19h, pelo horário de Brasília. Uma explosão foi vista em Tel Aviv.
Rajada de foguetes iranianos atinge Tel Aviv
O ataque de Israel
Nesta sexta, Israel retomou os ataques ao Irã. Fortes explosões foram ouvidas nos arredores de Teerã por moradores da capital. Segundo a imprensa estatal iraniana, defesas aéreas foram ativadas e interceptaram mísseis israelenses no sul do país.
Israel afirma que o objetivo da operação é impedir o avanço do programa nuclear iraniano. O bombardeio de quinta também matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também foram mortos.
A agência de notícias iraniana Fars informou que pelo menos 78 pessoas morreram e outras 329 ficaram feridas nos ataques israelenses.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que boa parte do arsenal de mísseis do Irã foi destruído com os ataques. Ainda segundo o premiê, o regime iraniano nunca esteve tão fraco.
Leia também:
Por que Israel atacou o Irã? Veja perguntas e respostas sobre o conflito
Israel x Irã: entenda o conflito
Editoria de arte do g1
Irã classificou ataques como 'declaração de guerra'
Mais cedo, o regime iraniano ameaçou Israel e Estados Unidos ao afirmar que os países vão "pagar caro".
Ali Khamenei disse que Israel receberá "um destino amargo" e afirmou que a ação revela a "natureza perversa" de Israel. O líder também declarou que sucessores dos militares logo assumirão as funções e darão continuidade ao trabalho.
"A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará impunes, se Deus quiser. Com esse crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo — e certamente o receberá", afirmou.
O governo também afirmou que o ataque foi uma "declaração de guerra" de Israel. Essa foi a descrição do ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em carta enviada à ONU.
Abbas pediu que o Conselho de Segurança da ONU "trate imediatamente dessa questão", informou o ministério. Horas depois, uma reunião de emergência foi convocada pelo Conselho para esta sexta-feira.
Na TV estatal, o porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, acusou os Estados Unidos de apoiarem o ataque. Ele afirmou que americanos e israelenses vão pagar um preço alto pelos bombardeios.
Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que “Israel tomou uma ação unilateral” e que “a prioridade dos EUA é proteger suas tropas na região”. Segundo ele, Washington foi informado, mas não participou da ação.
No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o Irã por um acordo nuclear "antes que não sobre mais nada".
LEIA TAMBÉM
Quem eram Mohammad Bagheri e Hossein Salami, líderes militares do Irã mortos em bombardeio de Israel
Israel diz que Irã tem material suficiente para fazer 9 bombas nucleares
O que é a Guarda Revolucionária do Irã
Explosões em Tel Aviv, em 13 de junho de 2025
Reuters
O que se sabe sobre o ataque
🔴 O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano.
Pouco após Israel lançar o bombardeio contra o Irã, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um pronunciamento gravado com antecedência.
"Estamos em um momento decisivo na história de Israel", disse.
Em seu discurso, o primeiro-ministro disse que a operação militar tem como objetivo deter "a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel" e que os ataques continuarão "por quantos dias forem necessários".
Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir ogivas nucleares em questão de dias. O regime iraniano também está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba.
Uma nota divulgada pela embaixada de Israel no Brasil afirmou que o Irã é o "principal patrocinador do terrorismo global" e representa uma ameaça ao Estado.
Entenda a cronologia da escalada de tensões entre Irã e Israel
VÍDEOS: mais assistidos do g1