Príncipe Harry perde batalha judicial com governo do Reino Unido sobre proteção policial
02/05/2025
(Foto: Reprodução) Desde que se mudaram para os Estados Unidos, Harry e sua família perderam a proteção policial de rotina oferecida aos membros ativos da realeza, financiada pelos contribuintes britânicos. Príncipe Harry acena na chegada a tribunal em Londres para sessão de processo em que pede mais segurança à família real britânica, em 8 de abril de 2025.
Isabel Infantes/ Reuters
O príncipe Harry perdeu o recurso que abriu na Justiça britânica contra a redução de sua proteção policial no Reino Unido.
O príncipe compareceu ao Tribunal de Apelação de Londres para ser ouvido novamente, no começo de abril, após perder em primeira instância. Ele lutava contra as mudanças em seus arranjos de segurança feitas pelo governo após sua decisão de renunciar aos deveres reais com a mulher, Meghan Markle.
Em sua decisão, anunciada nesta sexta-feira (2), o juiz Geoffrey Vos disse que a defesa de Harry apresentou "argumentos poderosos e comoventes", mas afirmou:
"Ficou claro que o Duque de Sussex se sentiu maltratado pelo sistema, mas concluo -tendo estudado os detalhes da extensa documentação - que não posso dizer que o sentimento de queixa do Duque se traduziu em um argumento legal para contestar a decisão da RAVEC".
Harry, o filho mais novo do rei Charles III, se mudou com a família para os Estados Unidos em 2020.
Desde então, perdeu a proteção policial de rotina oferecida aos membros ativos da realeza, financiada pelos contribuintes britânicos. O Ministério do Interior optou por medidas de segurança para o príncipe e sua família, caso a caso.
Em suas argumentações escritas para defender o recurso, os advogados de Harry relataram ameaças contra seu cliente. Disseram, por exemplo, que "a Al-Qaeda pediu seu assassinato" e que ele e a mulher foram submetidos a "uma perseguição perigosa" por paparazzi em Nova York, em maio de 2023.
Príncipe Harry e Meghan Markle afirmam que foram perseguidos por fotógrafos, nos Estados Unidos
As audiências ocorreram, em parte, a portas fechadas, devido à natureza sensível das informações sobre a segurança do príncipe e as potenciais ameaças às quais está exposto.
"A dimensão humana deste caso não deve ser esquecida. Há uma pessoa cuja segurança, proteção e vida estão em jogo. Sua presença aqui e durante toda esta audiência é uma ilustração poderosa do quanto este apelo significa para ele e sua família", disse a advogada do príncipe Harry, Shaheed Fatima.
O príncipe argumentou em sua apelação que a falta de garantias quanto à sua segurança constitui um obstáculo a suas viagens ao Reino Unido.
O último encontro de que se teve notícia entre Harry e seu pai, o rei Charles III, foi há mais de um ano, logo após o anúncio do câncer do monarca.